quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Computadores assustam professores?

Resumo


Este texto aborda o tema sobre o uso de computadores pelos professores em sua prática pedagógica apresentadas na 9ª Jornada Catarinense de Tecnologia – Jornatec – destacando tanto os aspectos pedagógicos como também os aspectos envolvidos na Gestão das Tecnologias no contexto escolar. Apresenta os resultados obtidos na pesquisa sobre o uso desta tecnologia na escola e sua revolução na cultura da prática pedagógica docente.


Introdução


A 9ª Jornada Catarinense de Tecnologia Educacional apresentou entre outros temas, Uma pesquisa realizada em parceria pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, com a empresa Oi Futuro, juntamente com Ibope revelam que o mundo virtual ainda é um território que causa muito medo em muitos professores. A pesquisa ouviu 5.505 docentes e constatou que cerca de 53% dos professores admitiu ter dificuldades em lidar com tecnologia na escola por várias razões. Entre 1.532 diretores de colégios entrevistados, a porcentagem também foi de 53%. O levantamento ouviu 25.145 alunos: 40% disseram ter problemas para usar a informática nas unidades de ensino. Apesar de acusarem a falta de habilidade, os docentes querem aprender: 83% apontaram os cursos de informática como os mais importantes para o aperfeiçoamento da sua atuação profissional. Baseando-se nestas informações, realizou-se uma pesquisa, usando como método a abordagem direta ao entrevistado, na Escola de Educação Básica João Hassmann afim de conflitar com os dados acima expostos.


Observações em pesquisa na EEB João Hassmann, B. Guarani:

Alunos: Uma geração que nasceu, domina e vive em um mundo tecnológico. Alfabetiza-se mais rápido com o uso linguagem tecnológica.

Professores e Gestores: A maioria dos professores e gestores escolares apresentam temores em relação ao uso do mundo virtual na prática pedagógica devido:

Sua formação científica;

Seu tempo histórico;

Dificuldade na alfabetização tecnológica.


Análise de dados


Os dados revelam que a maioria dos professores e gestores escolares, atores deste processo, apresentam temores em relação ao uso do mundo virtual na prática pedagógica devido a sua formação científica, seu tempo histórico e a dificuldade em alfabetizar-se tecnologicamente para sua função. No que refere-se aos alunos encontramos o caminho inverso. Uma geração nascida durante o advento a revolução tecnológica, alfabetiza-se neta linguagem concomitantemente a sua formação científica não apresentando dificuldade em relacionar ambas alfabetizações.


Conclusão


Analisando o contexto exposto, é fato que trabalhamos com uma geração que nasceu, domina e vive em um mundo tecnológico. Uma análise simples dos dados acima nos remete ao pensamento do filosofo francês Pierre Levy quando em seu livro A CIBERCULTURA relata, “Não há um livro de papel de verdade para abrir, apenas uma sucessão de duas imagens controlada por um dispositivo interativo (...) na página à esquerda há a imagem de uma bela maçã vermelha em trompe d’oeil (...) a maçã encontra-se cortada na página seguinte, sendo progressivamente consumida à medida que a ‘leitura’ continua (...) A cada vez que as páginas são viradas, ouve-se claramente o som de uma mandíbula que se fecha sobre um pedaço de maçã (...). Comer a maçã surge como uma metáfora para ‘ler um livro’” (Relato de Lévy sobre Beyond Pages, de Masaki Fujihata, em Cibercultura, p. 77).

Outro teórico de renome, Edward de Bono, afirma que “Em sua maioria, os erros de pensamento são inadequações de percepção e não erros de lógica, Criatividade Levada a Sério (http://criatividadeaplicada.com/2007/04/09/pensamento lateral como se libertar dos bloqueios mentais)”.

Partimos da premissa que a tecnologia, usada como apoio e não como fim, fortalece e estimula os níveis de pensamento dos discentes. Na própria 9ª JORNATEC presenciamos pesquisadores como o Espanhol Roberto Aparici usando o twitter em plena palestra tornando-a mais interativa, o nosso brazuca Nelson de Lucca Pretto relatando e revelando as possibilidades das redes sociais e suas ferramentas a disposição da educação, dinamizando, completando e fortalecendo a busca pela inovação e a resignificação da educação em um mundo sem volta, o mundo tecnológico. A dicotomia controle/liberdade permeia, ainda, a prática pedagógica. Então não ousamos por medo; medo do desconhecido que não ousamos buscar. Nos acomodamos em um universo que não explora o verdadeiro potencial de nossos alunos e o próprio potencial profissional dos docentes. Na palestra de abertura o professor António Nóvoa lembra-nos que Nada substitui um bom professor, independente do recurso tecnológico que venhamos a usar, giz ou notebooks. Sempre, planejamento e busca pela excelência, concomitante com abnegação pela profissão que escolhemos, farão a diferença na educação deste País. Precisamos ousar mais, promover mais e profissionalizarmos muito mais.

NUNCA DEIXE DE VOAR

Repensar o futuro....Hidrogênio

Aprender a aprender...